Talvez pela natureza da atividade, banqueiros formam uma categoria pequena em número e de comportamento bastante reservado. São poucos os que falam sobre si mesmos, seus negócios e o que acontece por trás dos cofres onde garantem seu belíssimo sustento. Todos acham que banqueiros ganham rios de dinheiro, o que é verdade, mas poucos sabem sobre os tombos que levam. Em 'A riqueza da vida', Armando Conde - que com apenas 24 anos assumiu a direção do BCN - conta um pouco de sua trajetória e do seu estilo de vida. Filho de italianos que vieram para o Brasil e aos poucos fizeram fortuna, Armando Conde herdou da família a alegria mediterrânea e o talento para os negócios. Neste livro percorremos suas memórias desde a gênese familiar, conhecendo de perto os parentes, amigos e aventuras que fizeram parte de sua nada monótona história de vida. Sua narrativa, fluente e despretensiosa, parece uma agradável conversa à mesa de um bar, como as tantas das quais participou noite adentro. Mas que o leitor não confunda esta despreocupação com irresponsabilidade. É fácil perceber que o sucesso deste banqueiro se deve a não deixar a boemia interferir em sua vida profissional. Da porta do escritório para fora, somos levados a festas, boates, restaurantes e quartos de hotel em qualquer parte do mundo. Do lado de dentro, encontramos um empreendedor como poucos, que apostou e viu prosperar uma ampla variedade de negócios, de criação de gado à construção de condomínios e fazendas de camarão. Em 'A riqueza da vida', descobrimos um grande contador de casos por trás do empresário fanfarrão. E das entrelinhas da história de Conde brota a lição - a verdadeira riqueza da vida é a celebração, o desprendimento, em suma, a legítima joie de vivre.