Os sonhos, há milhares de anos, são fonte de especulação e de fantasias do imaginário humano. A maioria das pessoas, ainda nos dias de hoje, trata e entende o assunto de forma extremamente simplista, quando na verdade, para compreendermos e abordarmos esse tema tão vasto e fascinante de forma séria, se faz necessária uma abordagem científica. Os primeiros estudos científicos dos sonhos de que há registros foram feitos pelo famoso filósofo grego Aristóteles (séc. IV a.C.) que chegou a escrever um minucioso tratado sobre esse assunto. Seu mestre, o grande filósofo Platão, preocupou-se com esse tema e dizia que sonhos de caráter violento ou de cunho sexual representam desejos reprimidos. Esses sonhos, porém e em geral, estão relacionados a fatos vivenciados no dia anterior ou próximos desse dia. Os sonhos se expressam em uma linguagem simbólica e arcaica, inclu- sive de acordo com fatores culturais de cada povo. O mestre Sigmund Freud costumava escrever em seus ensaios sobre a interpretação dos sonhos que estes são uma grande reserva de informações sobre nosso estado psíquico, muito embora não se fixem na memória após o despertar ou apenas sejam lembrados em fragmentos, fato que explica o absurdo de algumas situa- ções oníricas. Por outro lado, alguns tipos de sonhos são comuns a todas as pessoas, fato que vem ao encontro da idéia de inconsciente coletivo de Gustav Jung. O material inconsciente dos pensamentos oníricos revela muito do estado mental e de nossas repressões (presentes no indivíduo mesmo antes de seu nascimento, já no estado fetal, conforme pesquisas médicas recentes). A interpretação, se feite de forme psicenelítice, pode ser útil para revelar tendências psicopatológicas, bem como idéias obsessivas.